Por dentro da ética: metaética

Um dos campos mais trabalhados na filosofia moderna é a ética. Existem várias teorias que tentam explica-la, uma delas é a metaética. A meta...

Um dos campos mais trabalhados na filosofia moderna é a ética. Existem várias teorias que tentam explica-la, uma delas é a metaética.

A metaética é o ramo que procura compreender a natureza das propriedades éticas, declarações, atitudes e julgamentos. Questiona-se como entendemos, sabemos e o que queremos ao dizer que algo é certo ou errado. As questões nessa área são abstratas e se relacionam com uma ampla gama de questões práticas mais específicas.

"Como podemos dizer o que é bom e o que é ruim?"

A metaética tem um laço íntimo com a ética filosófica. Aristóteles já dizia que um conhecimento menos preciso é possível na ética, dependente do hábito e da aculturação. Nessa teoria, não existe a tentativa de avaliar o que é bom, ruim, melhor ou pior, há apenas uma análise.

Umas das maneiras mais simples de categorizar teorias metaéticas é por meio de centralistas e não-centralistas. Para entender essa teoria, é preciso compreender o conceito de "fino" e "grosso" na metaética:

• Finos: bons, maus, certos e errados;
• Grossos: corajosos, injustos, justos ou desonestos;

Ambos, centralistas e não-centralistas, concordam que os conceitos finos são mais globais e densos, porém os centralistas afirma que os conceitos finos são antecedentes dos grossos, seriam primários, logo os grossos dependeriam diretamente dos finos. Já os não-centralistas rejeitam esse ponto de visto, e sustentam a ideia de que: finos e grossos estão a par com os outros e até conceitos grossos podem ser suficientes para entender os termos finos.

"Qual o sentido de possuirmos julgamentos morais?"

Algumas teorias sustentam que algumas sentenças morais são verdadeiras, por isso as possuímos.

• No Realismo moral, tais sentenças são independentes da mente.
• No Naturalismo ético, propriedades morais são redutíveis ou tem alguma relação com a metafísica, com propriedades inteiramente não éticas. A maioria dos naturalistas éticos sustenta que temos conhecimento empírico das verdades morais.
• O não-naturalismo ético sustenta que existem propriedades morais objetivas e irredutíveis e que ocasionalmente temos consciência intuitiva de propriedades morais e verdades morais.
• O subjetivismo ético é uma forma de anti-realismo moral, nele se sustenta que declarações morais são verdadeiras ou falsas pelas atitudes ou convenções das pessoas.

A Teorias dos Erros

Uma forma de anti-realismo ético é a Teoria dos Erros, que diz que: embora afirmações éticas expressem proposições, todas essas proposições são falsas. A teoria dos erros nega que existam verdades morais objetivas.

"Qual a natureza dos julgamentos morais?"

Existem algumas teorias que visam responder essa questão, são elas:

• Universalistas: que tenta sustentar a ideia de que princípios morais se aplicam a todos os lugares;
• Relativistas: que tenta sustentar a ideia de que princípios morais se aplicam a diferentes pessoas e sociedades.

"Por que eu deveria ser moral?"

A moralidade é justificada pelo conhecimento moralistas dos fatos morais. Algumas teorias justificam isso, entre elas o Empirismo e o Racionalismo, que sustentam o conhecimento moral como adquirido por um processo, no caso do empirismo de forma sensorial e no Racionalismo de forma racional.

O Intuicionismo ético já é a visão segundo a qual algumas verdades morais podem ser conhecidas sem inferência, logo é fundada em crenças morais.

O Ceticismo moral é o grupo das teorias metaéticas de todos os membros, que implicam que ninguém tem conhecimento moral.

Esse são os conceitos dentro da metaética, o que mais te interessou? Deixe nos comentários sobre!

Fontes:
Internet Encyclopedia of Philosoyphy
Stanford Encyclopedia of Philosophy