Você deve conhecer Montesquieu como o "caria 3 poderes", mas acredite, ele vai muito além disso. A democracia tem origens que remo...
Você deve conhecer Montesquieu como o "caria 3 poderes", mas acredite, ele vai muito além disso.
A democracia tem origens que remontam a antes de Cristo, na Grécia (ocidente do globo terrestre). Democracia essa que dava ao povo, preestabelecido por conceitos sociais (ou seja, quem era dito como povo), poder.
Indo mais a frente no tempo, um cara, chamado Montesquieu, atribui ao estado fatores que colaboram para sua classificação como democracia:
Montesquieu gera a definição de alguns tipos de poder para fundamentar três formas básicas:
Montesquieu, principal nome dentro do racionalizado movimento iluminista, pode ter "acabado" por tratar todos os governos de sua época como teocráticos, ou ele simplesmente não fundamenta a ideia de teocracia como um tipo de governo a parte de uma monarquia.
É visto que, em seu período, regido por monarquias, o conceito de republica despótica era improvável, já que republica deveria ser obrigatoriamente um governo popular, mas observamos hoje no mundo, dezenas de regimes republicanos onde se fere tanto o conceito de democracia, quanto o de aristocracia, sendo que há um regime absolutista na mão de um único chefe de estado.
Para Montesquieu a liberdade só seria possível em monarquias e republicas, e nos casos de uma republica democrática, teríamos o regimento/condução da virtude.
A anarquia em Montesquieu é vista como um risco para a sociedade(coisa que já foi demonstrada no site no post sobre Anarcocapitalismo), já que mostra que o pacto entre a sociedade e o estado foi frágil e não garantiu estabilidade.
Pode-se concluir que em um Estado onde a sociedade é mais "resistente" que o Estado(sei que estou repetindo a palavra na mesma linha), temos o risco de uma anarquia, caso contrario, temos o risco de um despotismo, ou, na língua dos jovens modernos, uma ditadura.
Todavia, como é dito por ele próprio, Montesquieu: "Não existem leis justas ou injustas, o que existem são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época ou lugar". Logo, até aqueles que contrariam suas ideias, estão em sua concepção, fazendo o que é certo, apenas de forma inadequada, não concordando com seus ideais.
Recomendado para complementar:
- Scicast #49
- Montesquieu: sociedade e poder
A democracia tem origens que remontam a antes de Cristo, na Grécia (ocidente do globo terrestre). Democracia essa que dava ao povo, preestabelecido por conceitos sociais (ou seja, quem era dito como povo), poder.
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Montesquieu, democracia e governos modernos |
Indo mais a frente no tempo, um cara, chamado Montesquieu, atribui ao estado fatores que colaboram para sua classificação como democracia:
O povo que possui o poder soberano deve fazer por si mesmo tudo o que pode realizar corretamente e, aquilo que não pode realizar corretamente, cumpre que o faça por intermédio de seus ministros. Seus ministros só lhe pertencem se ele os nomeia; é, pois, uma máxima fundamental deste governo que o povo nomeie seus ministros, isto é, seus magistrados (MONTESQUIEU, 1985, p. 32).Montesquieu no trecho acima, destaca na democracia funções que não necessariamente são atribuídas a forma direta deste governo. Ocorre que, bastando a eleição de um representante pela população, temos para ele um governo tecnicamente democrático.
Montesquieu gera a definição de alguns tipos de poder para fundamentar três formas básicas:
- Monarquias: regidas por um monarca de poder tradicionalmente hereditário, onde é dito que se existe algum tipo de lei, teremos uma monarquia, caso contrario, teremos um despotismo.
- Republica: variável de acordo com a extensão dos direitos dos cidadãos, podemos ter uma republica democrática ou aristocrática.
- Republica Aristocrática: organizada sociopoliticamente na base de privilégios de uma classe social formada por nobres que detém, por herança, o monopólio do poder.
- Republica Democrática: organizada politicamente de forma que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas.
- Despotismo: governo onde a lei é o líder, e está acima de todos, impondo seu respeito pelo medo gerado.
Montesquieu, principal nome dentro do racionalizado movimento iluminista, pode ter "acabado" por tratar todos os governos de sua época como teocráticos, ou ele simplesmente não fundamenta a ideia de teocracia como um tipo de governo a parte de uma monarquia.
É visto que, em seu período, regido por monarquias, o conceito de republica despótica era improvável, já que republica deveria ser obrigatoriamente um governo popular, mas observamos hoje no mundo, dezenas de regimes republicanos onde se fere tanto o conceito de democracia, quanto o de aristocracia, sendo que há um regime absolutista na mão de um único chefe de estado.
Para Montesquieu a liberdade só seria possível em monarquias e republicas, e nos casos de uma republica democrática, teríamos o regimento/condução da virtude.
A anarquia em Montesquieu é vista como um risco para a sociedade(coisa que já foi demonstrada no site no post sobre Anarcocapitalismo), já que mostra que o pacto entre a sociedade e o estado foi frágil e não garantiu estabilidade.
Pode-se concluir que em um Estado onde a sociedade é mais "resistente" que o Estado(sei que estou repetindo a palavra na mesma linha), temos o risco de uma anarquia, caso contrario, temos o risco de um despotismo, ou, na língua dos jovens modernos, uma ditadura.
Todavia, como é dito por ele próprio, Montesquieu: "Não existem leis justas ou injustas, o que existem são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época ou lugar". Logo, até aqueles que contrariam suas ideias, estão em sua concepção, fazendo o que é certo, apenas de forma inadequada, não concordando com seus ideais.
Recomendado para complementar:
- Scicast #49
- Montesquieu: sociedade e poder