Entre dogmas, crenças e teorias, surge a abstenção. Entenda mais sobre o ceticismo e a negação de qualquer verdade. Nos dias de hoje, o conc...
Entre dogmas, crenças e teorias, surge a abstenção. Entenda mais sobre o ceticismo e a negação de qualquer verdade.
Nos dias de hoje, o conceito de cético, é amplamente utilizado para categorizar pessoas com ideais positivistas ou não confessantes de fé religiosa.
Mas será realmente isso?
O modelo de pensamento ceticista surge na Grécia, sendo fundado por Pirro ( fim do IV séc. a.C) e posteriormente complementado e difundido por diversos filósofos, como Arcesilau, Enesidemo, Agripa, Sexto Empírico e muitos outros.
Apesar da história deste movimento filosófico ser razoavelmente conhecida, são encontrados problemas em sua conceituação, devido a divergência entre os dados documentados por diferentes fontes históricas.
Cícero, por exemplo, nos leva para um caminho onde o ceticismo significaria uma filosofia semelhante à um niilismo extremo, concordando com a visão de Kant, Hume e Santo Agostinho sobre o ceticismo clássico, onde os céticos seriam seguidores da ideia de que é impossível se chegar ao conhecimento.
Apesar de Cícero ser a mais antiga fonte na história da filosofia, existem empecilhos capazes de tirar a credibilidade de sua descrição, sendo:
Por exemplo, temos a seguinte pergunta: "Deus existe?"
Examinando esta pergunta a partir de um ponto de vista cético, devemos levantar tanto os argumentos à favor, quanto os contra a existência de deus.
Veja que afirmar ou não afirmar a existência de deus, seria entrar em uma linha de pensamento dogmático, visto que não há meios de experimentar ambas as teses. Sendo assim a resposta cética para esta pergunta seria: "Eu não sei". Podemos citar o agnosticismo como sendo o ideal cético religioso.
Perceba que este método não se dá ao negar, por negar, mas sim a analisar as possibilidades de respostas, descartando soluções improváveis, como respostas que recorrem à suposição ou ao metafísico.
Bom então é isso, livre-se das verdades absolutas, aceite sua ignorância, porém continue a nadar.
Bibliografia:
http://fil.cfh.ufsc.br/files/2013/04/ceticismo.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=-DBTwK1axGs
Nos dias de hoje, o conceito de cético, é amplamente utilizado para categorizar pessoas com ideais positivistas ou não confessantes de fé religiosa.
Mas será realmente isso?
O modelo de pensamento ceticista surge na Grécia, sendo fundado por Pirro ( fim do IV séc. a.C) e posteriormente complementado e difundido por diversos filósofos, como Arcesilau, Enesidemo, Agripa, Sexto Empírico e muitos outros.
Apesar da história deste movimento filosófico ser razoavelmente conhecida, são encontrados problemas em sua conceituação, devido a divergência entre os dados documentados por diferentes fontes históricas.
Cícero, por exemplo, nos leva para um caminho onde o ceticismo significaria uma filosofia semelhante à um niilismo extremo, concordando com a visão de Kant, Hume e Santo Agostinho sobre o ceticismo clássico, onde os céticos seriam seguidores da ideia de que é impossível se chegar ao conhecimento.
Apesar de Cícero ser a mais antiga fonte na história da filosofia, existem empecilhos capazes de tirar a credibilidade de sua descrição, sendo:
- Cícero é posterior aos céticos.
- Ele substituía o termo grego skeptikÒj pelo termo latino scepticus. Sendo assim, poderiam haver divergências de significado entre ambas palavras.
- Ele descrevia principalmente Arcesilau e Carnéades, o que poderia ser uma generalização errônea, para com os discípulos de Pirro.
Nem um nem outro
De toda forma, o ceticismo pode ser apresentado basicamente como uma via de pensamento, onde a posição tomada é a de não tomar posição. Sendo a percepção de que a real verdade nunca poderá ser alcançada, sendo somente possível perseverar em trilhar o caminho do conhecer da mesma.Por exemplo, temos a seguinte pergunta: "Deus existe?"
Examinando esta pergunta a partir de um ponto de vista cético, devemos levantar tanto os argumentos à favor, quanto os contra a existência de deus.
Veja que afirmar ou não afirmar a existência de deus, seria entrar em uma linha de pensamento dogmático, visto que não há meios de experimentar ambas as teses. Sendo assim a resposta cética para esta pergunta seria: "Eu não sei". Podemos citar o agnosticismo como sendo o ideal cético religioso.
Perceba que este método não se dá ao negar, por negar, mas sim a analisar as possibilidades de respostas, descartando soluções improváveis, como respostas que recorrem à suposição ou ao metafísico.
Bom então é isso, livre-se das verdades absolutas, aceite sua ignorância, porém continue a nadar.
Bibliografia:
http://fil.cfh.ufsc.br/files/2013/04/ceticismo.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=-DBTwK1axGs