Trombone de Frutas é um amante fundamental: nos mina lágrimas em esguichos, desabrocha sorrisos juvenis e deixa o olhar rútilo. Aperta-nos a...
Trombone de Frutas é um amante fundamental: nos mina lágrimas em esguichos, desabrocha sorrisos juvenis e deixa o olhar rútilo. Aperta-nos as bochechas, e com a boca próxima aos nossos ouvidos, o ar quente aquecendo-a, recitam, ou melhor, balbuciam, distribuem gratuitamente versos poéticos.
A música já fala por si mesma. Tem uma linguagem própria, e a trata de gritá-la em cartazes e passeatas. Dispensa exames, daqueles que tentam dissecar, expor os órgãos palpitantes. Ela lambe os lábios, umedece-os, e qualquer nota banal, já nos envolve como uma lubrificada luva. Ao diabo a análise. As suas espátulas são dispensáveis. Para compreender Trombone de Frutas, é preciso ouví-lo, tocá-lo, sentir os pequenos afagos da guitarra e do teclado, amar e idealizar a voz em si.
Como eu disse, as melodias falam por si mesmas. Não é-se necessário dicionário, uma análise dos músicos. Entre seus nomes e suas obras, há uma distância abismal; em contrapartida, estão mais próximos, mais unidos às elas, como carne e pele. Isto é, extraíram nesgas de suas almas para moldar seus álbuns. Vamos a resenha.
A canção "Umbrais" chegou-me ao pé da orelha por um tropeço. Foi quando olhei para baixo, e lá descansava no solo, a esmeralda verde e holofótica. Peguei-a e coloquei-a no bolso. A canção tem quase três ritmos, que se alternam sutilmente, além do solo imortal de "I Want You", originalmente dos Beatles. Afoguei-me de cabeça e mãos postas.
A música já fala por si mesma. Tem uma linguagem própria, e a trata de gritá-la em cartazes e passeatas. Dispensa exames, daqueles que tentam dissecar, expor os órgãos palpitantes. Ela lambe os lábios, umedece-os, e qualquer nota banal, já nos envolve como uma lubrificada luva. Ao diabo a análise. As suas espátulas são dispensáveis. Para compreender Trombone de Frutas, é preciso ouví-lo, tocá-lo, sentir os pequenos afagos da guitarra e do teclado, amar e idealizar a voz em si.
Como eu disse, as melodias falam por si mesmas. Não é-se necessário dicionário, uma análise dos músicos. Entre seus nomes e suas obras, há uma distância abismal; em contrapartida, estão mais próximos, mais unidos às elas, como carne e pele. Isto é, extraíram nesgas de suas almas para moldar seus álbuns. Vamos a resenha.
A canção "Umbrais" chegou-me ao pé da orelha por um tropeço. Foi quando olhei para baixo, e lá descansava no solo, a esmeralda verde e holofótica. Peguei-a e coloquei-a no bolso. A canção tem quase três ritmos, que se alternam sutilmente, além do solo imortal de "I Want You", originalmente dos Beatles. Afoguei-me de cabeça e mãos postas.